quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sua solidão - Outubro de 2011

Eu vejo sua solidão
um inverno de roxear a boca
se espalhar por cada canto da casa

Seu olhar frouxo
Suas sobrancelhas justas
Suas mãos indecisas
Seus passos que não ligam mais por qual caminho percorrer...

Sua solidão, uma muralha!
E como dói! E como dói!

As Antenas - 23, out, 2011.

Ah, nossas procuras
nossas despedidas envirguladas
a estrada marcada
a procurar nosso amor

Nossos sapatos encardidos
de caminhar sem cansar
um dia
uma vida inteira pra aproveitar

Me diga
quem foi que me mandou calar
quem escutou minhas vontades
quem pendurou minha coragem
de ir te encontrar

Ironia do destino?
Não meu bem, foram as antenas
foram as antenas
que captaram nossa felicidade
e nos impediram de amar...

Janeiro de 2011

Eu não sei.
Como sempre eu não sei
Talvez fosse só poesia
Nós mesmos encantados
com nossas próprias palavras
Nós mesmos enganados
por nossos passos apertados
sabemos como fazer porções, sim, sabemos
Nós mesmos hipnotizadamente embalados
no perfume das nossas ervas
Eu não sei e sei que você também não sabe
Mas acabou.
Talvez por minha indecisão.
Talvez pelo gosto do seu tabaco.
Talvez por nos termos surpreendido demais.